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» Aumente a rentabilidade do pinheiro manso
- 18 de Maio de 2012

A rentabilidade do pinheiro manso está ligada à produção do pinhão para a indústria alimentar. Nos últimos anos, a área desta espécie tem aumentado devido à forte comercialização das pinhas/pinhão, aliada a uma taxa de sobrevivência da árvore na ordem dos 80-90%.
Além da enorme rentabilidade como produtor de fruto, convém realçar a importância do pinheiro manso na proteção dos solos e na fixação de dunas, sendo uma ótima ajuda na planificação de áreas de menor risco e na defesa das zonas urbanas contra fogos rurais.
Compreende-se assim, a necessidade de melhorar e aumentar a produção recorrendo a novas técnicas, entre as quais, o melhoramento genético. Para tal, utilizam-se métodos como a enxertia, que consiste numa técnica de propagação vegetativa por implantação de uma porção de um ramo de uma árvore sobre outra, e que permite melhorar e aumentar a produção de pinhas.
Outra grande vantagem da enxertia é a possibilidade de se poder antecipar a produção de pinhas, permitindo ao produtor florestal benefícios económicos de curto prazo.
Em abril de 2011, dois técnicos da APFCAN e alguns proprietários da região, motivados pelo interesse demonstrado pelos proprietários florestais, participaram num curso onde ficaram aptos a realizar enxertia bem como a desenvolver as condições necessárias ao seu sucesso. Atualmente, a APFCAN já pode disponibilizar, a todos os interessados, um conjunto de orientações e recomendações técnicas inerentes a uma boa prática deste método.

Método enxertia
Normalmente as primeiras pinhas num pinheiro manso podem aparecer, ainda que com pouca frequência, por volta dos 3-4 anos, verificando-se a entrada em produção, já com algum interesse para colheita, por volta dos 15-20 anos, aumentando a sua produção até cerca dos 40-50 anos, mas começando a decair a partir dos 80-100 anos.
A aplicação da técnica de enxertia permite antecipar a produção de pinhas, de uma forma rentável, a partir dos 8-10 anos. Esta realiza-se, geralmente, entre a última quinzena de abril e a primeira quinzena de maio. No entanto, a fixação da data depende do grau de desenvolvimento dos garfos (ramos de árvore previamente selecionada) e dos cavalos (ramo da árvore que se pretende melhorar).
A colheita dos garfos deve ser realizada em árvores previamente selecionadas para a produção de pinhão, árvores adultas e normalmente de grande porte. Apenas devem ser selecionadas árvores consideradas como boas produtoras de pinhas e que possuam certificado de produtores de garfos.

Pinheiro manso
O Pinheiro manso é bem conhecido pelo seu porte caraterístico, fuste direito e copa arredondada (em forma de guarda-chuva). Como se trata de uma espécie mediterrânica, os seus povoamentos situam-se essencialmente na orla litoral, desde Portugal à Turquia.
Esta espécie tem preferência por solos frescos, profundos e arenosos, adaptando-se mesmo a areias marítimas e dunas. Prefere solos ligeiramente ácidos mas prospera em solos calcários se não forem muito argilosos.



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