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Refletimos sobre os Desafios para o Associativismo no Setor Florestal, na passada quinta-feira, no Porto, no âmbito do Projeto Advance Forest, junto de parceiros, técnicos, dirigentes, representantes do ICNF, AGIF, CCDR-Norte, e demais convidados. 

O Secretário de Estado das Florestas, Rui Ladeira, que presidiu à sessão de encerramento reconheceu a importância estratégica do movimento associativo e o papel essencial das Organizações de Produtores Florestais (OPF) na gestão ativa do território.

Destacou a necessidade de reforçar a coordenação entre entidades públicas, municípios, proprietários e organizações florestais, sublinhando que a floresta portuguesa é marcada por forte fragmentação de propriedade e envelhecimento dos proprietários, o que exige modelos de gestão colaborativa e mediada por estruturas de proximidade.

Por sua vez, o Presidente da Forestis, Carlos Duarte evidenciou a relevância económica do setor florestal, responsável por um superavit comercial e por sustentar fileiras industriais cuja principal limitação é hoje a falta de matéria-prima nacional. Realçou ainda os desafios estruturais do território: envelhecimento, abandono rural e fraca atratividade para jovens. Destacou a necessidade de apoio técnico de proximidade, desempenhado pelas OPFs, e a urgência de garantir a estas estruturas financiamento estável e plurianual, à luz do novo quadro estratégico Floresta 2050.

Carlos Duarte defendeu ainda a criação de critérios claros de reconhecimento das OPFs, contratos-programa com o Estado e modelos agrupados de gestão florestal que permitam escala e retorno económico aos proprietários. Sublinhou a importância crescente dos serviços de ecossistema, do mercado de carbono e dos créditos de natureza como novas fontes de rendimento.

Foi apresentada a nova identidade visual da Forestis, com um logótipo renovado e contemporâneo, simbolizando o ciclo da vida e a resiliência florestal.

O evento, contou com a intervenção de Fernando Mota, do Conselho Técnico Científico da Forestis, da professora Sofia Corticeiro da Universidade de Aveiro, André Chaves do Departamento de Gestão de Projetos da Forestis, e para moderar o painel sobre “O Associativismo em prol da Floresta: boas práticas de gestão florestal”,  esteve Carla Duarte (AFCG), com intervenção de  Pedro Monteiro da APFCAN e Marcos Garrido da APFCARGANIL. 

A valorização dos modelos de biomassa florestal foi o mote para o workshop que a Forestis, promoveu no dia 30, no auditório municipal de Vila Verde, no âmbito da Agenda transForm, em parceria com a Associação Florestal do Cávado.

O evento, no âmbito do P2.6-Redes regionais de valorização de biomassa lenhosa da Agenda transForm, reuniu um leque de especialistas, investigadores, técnicos, proprietários florestais e um vasto público, na partilha de conhecimento e de novas ideias sobre este importante recurso.

Ficou evidente que a valorização da biomassa lenhosa é fundamental para fomentar políticas de redução do risco de incêndio, promoção das energias renováveis e segurança energética em Portugal Foram elencadas as oportunidades e novos modelos, envolvendo as comunidades locais.

Destaque para a presença do Presidente da Forestis, Carlos Duarte e o vereador do Ambiente, da autarquia de Vila Verde, Patrício Araújo, que evidenciaram a importância do setor florestal, como pilar estratégico para o desenvolvimento do país.

 Um agradecimento especial aos parceiros e ao nosso painel de convidados, que enriqueceram o debate com a sua visão sobre esta temática: Carlos Amaral da Florecha, Jorge Cunha e Aline Oliveira do CoLAB ForestWISE, José Lopes da CIM de Coimbra, Sónia Figo, do Centro da Biomassa para a Energia, Vítor Azevedo da Câmara Municipal de Braga e Ângelo Teixeira, da Capolib.

O transForm é uma Agenda criada no âmbito da Componente 5 (C5) do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que visa a Capitalização e Inovação Empresarial, no contexto dos sistemas de incentivos a Agendas Mobilizadoras e Agendas Verdes para a Inovação Empresarial. Liderado pela Altri Florestal e sob a coordenação técnico-científica do CoLAB ForestWISE, o transForm integra um consórcio de 56 parceiros num esforço sem precedentes de cooperação setorial. 
É uma das "Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial" cofinanciada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e pelos fundos europeus NextGenerationEU.
 

Realizou-se no dia 17 de outubro em Ponte de Lima, uma ação de capacitação sobre espécies invasoras, promovida pela Forestis, em parceria com a The Navigator Company e a Associação Florestal do Lima (AFL).
A iniciativa teve como objetivo reforçar as competências técnicas dos profissionais do setor florestal na identificação e controlo de espécies invasoras, um desafio crescente na gestão sustentável das florestas portuguesas.

Em representação da The Navigator Company, Susana Morais realçou a importância da certificação florestal e das boas práticas de gestão na prevenção e controlo das invasoras.
Por sua vez, Catarina Gonçalves e Eduardo Mendes, investigadores do Instituto de Investigação da Floresta e do Papel – RAIZ, centraram as suas intervenções na identificação e controlo de plantas invasoras em povoamentos florestaise identificaram diversas espécies invasoras, nomeadamente espécies de acácias e a Cortaderia selloana, conhecida como erva-das-pampas.

Nesta grande jornada de conhecimento, foram abordadas as principais ameaças associadas à presença destas plantas, os impactos ecológicos que provocam e as estratégias de combate, desde os métodos mecânicos e manuais (arranque e corte), aos químicos e biológicos. Entre as soluções apresentadas, destacou-se o exemplo do controlo biológico com o inseto Trichilogaster acaciaelongifoliae, utilizado para reduzir a reprodução da Acacia longifolia.

Foram, ainda, analisadas questões práticas como a definição de prioridades de gestão, a eficácia dos diferentes tipos de erradicação e o uso de herbicidas adequados em eucaliptais certificados, com foco na segurança ambiental e conformidade com os princípios da certificação florestal.

Recebemos ontem uma delegação da Alliance Forêts Bois a maior cooperativa florestal francesa, para uma visita técnica, dedicada à gestão sustentável do pinhal-bravo e ao controlo fitossanitário.
Uma parceria com a APFCAN, Centro Pinus, ICNF e INIAV, que reuniu representantes de entidades de referência na gestão, investigação e valorização da floresta portuguesa.
 
Durante a visita ao laboratório do INIAV foram partilhados os avanços na investigação em fitossanidade florestal e na conservação de recursos genéticos.
Na deslocação a Alcobaça visitamos áreas de pinhal dinamizadas pelos técnicos da APFCAN, do Centro Pinus e do ICNF, foram observadas as práticas de silvicultura sustentável e as medidas de controlo e monitorização do nemátodo-da-madeira-do-pinheiro (NMP), designadamente a instalação de armadilhas, a monitorização de insetos vetores e a remoção de árvores sintomáticas.

A Mata Nacional do Valado dos Frades, área emblemática do pinhal-bravo foi um dos pontos centrais da visita, permitindo ver in loco o trabalho de cooperação desenvolvido, desde 2009, entre as entidades portuguesas na prevenção e controlo de pragas florestais, bem como as estratégias de valorização económica e ecológica do pinhal.
 

A Forestis, reforça assim a sua  missão de promover o associativismo florestal e a cooperação internacional, fortalecendo pontes entre os dois países, para a partilha de conhecimento, inovação e boas práticas na defesa e gestão sustentável das florestas.

A Forestis, que integra a direção nacional do FSC, participou no BioBlitz, este fim de semana, no Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa. O evento marcou o arranque da Semana da Floresta FSC 2025, que decorre até 26 de setembro.

O evento contemplou inúmeras atividades de identificação de espécies, que foram focadas em grupos como Árvores, Aves, Insetos, Invasoras lenhosas, Mamíferos, Morcegos e Plantas, Répteis e Anfíbios, na área certificada FSC.

Todas as observações realizadas foram registadas nas plataformas iNaturalist / Biodiversity4all, através da conta “Bioblitz FSC – Parque Florestal de Monsanto”.
Foram ainda realizadas atividades lúdicas e educativas como um Peddy Paper que foi coordenado pela Liga para a Proteção da Natureza (LPN) e oficinas científicas, pedagógicas e jogos dinamizados pelo FSC Portugal. Estas ações visaram envolver a comunidade na descoberta da riqueza natural do Parque Florestal de Monsanto e das áreas certificadas pelo FSC.

Saliente-se que esta iniciativa assinalou o arranque da Semana da Floresta – FSC, que este ano adotou o slogan: “Faça uma ação pelas florestas.” 

Atualmente a área certificada FSC da rede Forestis é  9594,84 ha.

No âmbito de uma parceria estabelecida entre a Forestis e o Centro Pinus, para a promoção da demonstração de operações silvícolas em agrupamentos de baldios, vai ter lugar uma visita de campo aos Baldios de Valezim e Vila Cova no dia 10 de setembro, a partir das 9,30 horas.

O evento, que integra o Roteiro PINUS 2025,  é desenvolvido junto da nossa associada URZE -Associação Florestal da Encosta da Serra da Estrela, visa observar no terreno a aplicação de boas práticas florestais, nomeadamente ações de condução de povoamentos, gestão de combustíveis, regeneração natural, desbastes, adensamentos e plantações.Estas intervenções contribuem  para a valorização produtiva e ecológica das áreas intervencionadas, promovendo a resiliência dos ecossistemas florestais e a sua multifuncionalidade.

Esta iniciativa é financiada pelo PRR pelo projeto Dinamização do Centro de Competências do Pinheiro-Bravo no âmbito do investimento “RE-C08-i05 – Programa MAIS Floresta (Reforço de Atuação dos Centros de Competência do Setor Florestal)” da “Componente C08 – Florestas” do Plano de Recuperação e Resiliência.

A participação é gratuita, mas

O Presidente da Forestis participou ontem, no programa Ordem do Dia, do Porto Canal, conduzido pelo jornalista João Pereira, juntamente com Bruno Antunes, coordenador regional do Norte da AGIF, sobre a temática dos incêndios florestais.
 
O líder da Associação Florestal de Portugal destacou o grave problema do abandono do território no interior do país, onde existe uma deficiente gestão dos espaços florestais. “Neste momento grande parte da área ardida são matos e terrenos abandonados.  O que está a arder não tem qualquer tipo de gestão, porque os povoamentos florestais com gestão ativa quer seja de eucalipto, sobreiro, pinhal, ou outra espécie qualquer, têm evidenciado uma resiliência ao fogo”.
 
Sobre Plano de Intervenção para a Floresta 2025-2050, apresentado pelo Governo em março deste ano, Carlos Duarte é pragmático: “mais importante que os planos, porque estamos fartos de ter planos (…) é a sua implementação. Temos vários e somos muito bons na conceção dos mesmos. Fazer planos sem implementação é um desperdício!”
 


O responsável da Forestis considera que é um plano ambicioso, “mas é fundamental que seja concretizado através de um pacto político, envolvendo os partidos políticos, os agentes económicos do setor e que tenha uma visão de longo prazo e que seja intergeracional.  Em relação aos proprietários florestais não há qualquer referência qualquer indemnização prevista. Seria fundamental um apoio para compensar a perda de rendimento dos povoamentos florestais atingidos, para retirar material lenhoso (varas) sem valor económico e para executar as ações pós incêndios, de forma a evitar a erosão dos solos”.
 
“Temos de apostar claramente numa gestão ativa e sustentável dos espaços florestais, em que a sustentabilidade tem de ter uma importante dimensão ambiental, pela importância estratégica que tem para o país ao nível da qualidade do ar, na proteção dos recursos naturais como a água e o solo, a valorização da paisagem, etc”, vincou.
 
Carlos Duarte ressalva que os proprietários privados são responsáveis por 97% da floresta, naturalmente “estão cansados de gastarem dinheiro sem qualquer expetativa de retorno económico. Limpar a floresta significa mais de 1200 euros ha/ ano. Ao nível de volume de negócios do setor florestal, a produção tem 9%, cerca de 1400 milhões por ano, a indústria e a comercialização têm cerca de 12,6 mil milhões de euros, ou seja 91%.  São necessárias políticas públicas que defendam uma maior regulação ao nível das fileiras florestais com maior partilha dos rendimentos, com políticas ativas, em que o Estado deverá ter como parceiras as OPF- Organizações de Produtores Florestais, como a Forestis que está disponível e interessada em contratos programa, para poder executar tarefas de gestão ativa nas áreas em que os  proprietários estão longe da sua propriedade, ou não têm condições para as executar".
 
O Presidente da Forestis afiançou que tem faltado “vontade política, para alocarmos os recursos financeiros. Quando se fala em 5% do PIB para a Defesa, na Floresta seria importante assegurar o minino de 0,5 % do PIB, 1400 milhões de euros por ano, bem distribuídos seriam claramente uma dotação que podia promover políticas ativas de fomento florestal, de reflorestação dos territórios, revitalização desses territórios e criação de emprego e riqueza, com redução clara ao nível dos riscos de incêndios”.

A Forestis marcou presença numa emotiva homenagem a Francisco Dans del Valle, diretor da Associação Florestal da Galiza durante 38 anos e vereador-delegado da SELGA.
O evento decorreu, no último sábado, no Centro de Interpretação de Pico Sacro, Corunha contando com cerca de 70 convidados, entre representantes do setor, trabalhadores e parceiros da AFG, amigos e familiares.

Investimento realizado na unidade de baldio
Aproveitamento da Regeneração Natural de Pinheiro Bravo e Folhosas Autóctones e Reconversão de Povoamentos
Área total (UB)  - 776 ha
Área Intervencionada -581 ha
Fontes de Financiamento PDR2020, REACT-EU, PRR

Investimento em unidades de baldio - CAPOLIB
Aproveitamento da Regeneração Natural de Pinheiro Bravo e Folhosas Autóctones:
Área intervencionada – 4 187 ha
20 Unidades de Baldio
Fontes de Financiamento: PDR 2020, Fundo Ambiental, Fundo Recomeçar, PRR, Grupo Bel, Auchan, REACT-EU, Medidas Compensatórias SET

O investimento realizado entre o período de 2019 e 2024, cifra-se nos 1 354 400,47 euros.

Também foi possível visualizar  in loco novas metodologias de resinagem, como a captação de resina em vácuo, que garantem menor dano do caule bem como a coleta de compostos voláteis de resina, que anteriormente eram perdidos através do método de captação tradicional.